17/11/2025 às 15h24
Por Robson Muller
O Sesc Alagoas traz a Maceió, no próximo sábado (22), às 20h30, o show gratuito de Paulinho da Viola, um dos mais importantes nomes da música brasileira. A apresentação será realizada no Palco Kizomba, na Praia de Pajuçara, e marca a participação do sambista na programação do projeto Vamos Subir a Serra, reconhecido como o maior evento afro-cultural do Norte e Nordeste.
A 9ª edição do Vamos Subir já passou pela Serra da Barriga, em União dos Palmares, território sagrado do movimento de resistência negra no Brasil. Em Maceió, a programação do projeto acontece de 21 a 23 de novembro, reunindo música, gastronomia, afroempreendedorismo, bate-papos, experiência imersiva, entre outras atividades. O Sesc integra a iniciativa como parceiro cultural, ampliando o alcance das ações artístico-culturais na capital.
A proposta do projeto é exaltar a história do povo negro e evidenciar a importância de Zumbi dos Palmares como herói nacional, criando espaços de valorização e reconhecimento das tradições afro-brasileiras e fortalecendo a identidade negra e a memória ancestral.
Sobre Paulinho da Viola
Aos 83 anos de idade, Paulinho da Viola segue como referência da música popular brasileira. Carioca, filho do violonista de choro César Faria, conviveu desde cedo com nomes como Pixinguinha e Jacob do Bandolim, o que moldou sua formação musical. Autodidata no violão desde os 15 anos, ingressou ainda jovem na Ala de Compositores da União de Jacarepaguá e, mais tarde, na Portela, quando compôs o grande sucesso Recado, em parceria com o portelense Casquinha.
Ao longo das décadas, construiu uma trajetória marcada por grandes parcerias, entre elas Hermínio Bello de Carvalho, Zé Keti, Elton Medeiros, Nelson Sargento e Cartola. Seu primeiro disco solo, lançado em 1968, abriu caminho para uma discografia sólida e influente, que ultrapassa vinte álbuns.
Entre seus grandes sucessos estão Foi um Rio Que Passou em Minha Vida (1969), Sinal Fechado (1969), Pecado Capital (1975), Argumento (1975), Dança da Solidão (1972) e Coração Leviano (1977). Suas composições, gravadas por artistas como Elizeth Cardoso, Martinho da Vila, Jair Rodrigues, Elza Soares e Marisa Monte, são vistas como um elo entre a tradição e a modernidade no samba e no choro.