24/10/2025 às 17h22
Por Fabiana Barros
A programação referente às atividades pedagógicas da 16ª edição do Femupe contou com dez oficinas no período da manhã desta sexta-feira (24). Violão, cenografia musical, flauta, clarineta, trombone, percussão I, tuba e bombardino, trompete, saxofone e violino foram as possibilidades disponibilizadas para o público. Foram 306 alunos inscritos e realizadas 550 inscrições, pois as participações podem ser as atividades pedagógicas e os ensaios instrumentais. Todas gratuitas. Além das atividades científicas.
Com atividades que se estendem até este sábado (25), o festival é uma realização do Sesc, Ufal, Prefeitura Municipal de Penedo, Fundepes e Astec. Para o gerente de Cultura do Sesc Alagoas, Luann Veiga, o Femupe é um dos maiores espaços de formação musical do Nordeste e do país. “O festival possibilita que estudantes de diferentes níveis — iniciantes, intermediários e avançados — tenham acesso gratuito a oficinas, ensaios, palestras e masterclasses com alguns dos mais renomados professores e artistas do Brasil e do exterior”, afirmou.
De acordo com Veiga, o Femupe quebra barreiras sociais e geográficas, pois alunos que, dificilmente teriam oportunidade de conviver com mestres desse nível em seus contextos locais, podem experimentar essa vivência em Penedo. “O resultado é um salto na qualificação musical e pedagógica, tanto individual quanto coletivo, que se desdobra na formação de novas gerações de músicos, professores e regentes. Além disso, o festival fomenta o diálogo entre práticas tradicionais, como as filarmônicas, e abordagens mais contemporâneas, criando um ambiente de atualização e diversidade”, explicou.
As colocações de Veiga podem ser confirmadas com a experiência do iniciante no Femupe, Rhalldry Matheus, de 16 anos. Ele é estudante do curso de Música do Ifal, campus Marechal Deodoro, e encontrou na música o rumo que faltava. “Entrei na música quando eu era pequeno e eu me sentia sozinho. Na música eu comecei a ver que eu conseguia me expressar. Como minha família é repleta de músico, meu tio chegou em mim e falou que a música era arte e a ciência se expressa através do som”, comentou. Rhalldry participou da oficina Clarineta, uma das dez disponibilizadas.
A influência familiar fez a diferença, Rhalldry começou com violão aos 7 anos de idade e, aos 14 anos, começou com a clarineta e o saxofone. “A música representa um sol para mim. A marca da minha filarmônica, Carlos Gomes, é de um sol. É um brilho pra mim, é um brilho enorme pra minha vida, porque a música me traz tanta alegria”, disse.
A estudante de Música da Ufal, Beatriz Marie, veterana em participar do Femupe, participou da oficina de Cenografia Musical e garante que foi válida. “Estou achando ótima a experiência aqui com o professor. Ele explica coisas maravilhosas que eu nem sabia que eram sobre cenografia”, comentou. Ela toca violoncelo pela orquestra da Ufal e leciona aulas de extensão de violino e violoncelo, na mesma universidade.
A intensa programação do Femupe segue amanhã (25), a partir das 8h, com as atividades pedagógicas, ensaios instrumentais e atividades artísticas, entre elas, o Sesc apresenta, com Nando Cordel, às 20h, no Centro de Convenções de Penedo. A entrada é 1 kg de alimento não perecível que será repassado ao Programa Sesc Mesa Brasil, que atende centenas de instituições sociais cadastradas no programa.
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